Ao tom dos 50.

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Meu primeiro post foi uma justificativa do porquê do ícone do blog ser Julia Roberts e também um resumo pra vocês do que se ocuparia esta página.

Pois bem! Sendo um blog para mulheres, em especial as de 50 pra cima, pensei que seria de bom tom, inclusive os de cinza, falar pra vocês, meninas, como me sinto nesta idade. Confesso que já subi três tons a mais de 50…..nada que me faça perder a cor do equilíbrio.

Provavelmente, como para a maioria de nós, os sustos foram desconcertantes! Era como se alguém riscasse um fósforo na ponta do meu dedão e o fogo subisse pelo meu corpo! E eu nem estava com 50 anos ainda!…só 47, mas a menopausa resolvera dar o tom ao meu corpo dali pra frente. Essas novas sensações me alertaram para a chegada da tão temida meia idade.

Dormi loba, acordei senhora. Sentia no corpo as estranhezas das quedas dos hormônios. Parecia que o sertão se instalara na minha pele de tão seca que ficara! O ânimo se esvaia juntamente com o suor frio que descia do rosto e escorria entre meus seios. As agonias foram esclarecidas pela ginecologista, sai de lá me sentindo  estranha. Como esses malditos hormônios puderam me trair e ditar as ordens para o meu corpo? pois na minha vaidade e atividade me sentia ainda a loba!!!

Acabara de reencontrar uma paixão de juventude e de entrar numa relação amorosa intensa! Como poderia estar na menopausa? Fato é que, entendidas as mudanças das entranhas femininas, fui tentando me acostumar a elas e amenizar as consequências com as orientações da colega médica. O entusiasmo pelo novo amor que se delineava na minha frente ajudara a maquiar o mal estar que se apoderava do meu corpo sem aviso prévio.

E assim cheguei aos 50. De coração partido (o amor não vingara, isso é pauta pra outro post, aguardem) desempregada e estranha. De repente sentia todas as dores do mundo! Meu ânimo definhava na mesma intensidade do meu corpo. A ansiedade queimava minhas noites. Minha mente inquieta buscava nas leituras o calmante para o sono. E delas vieram as lições para minimizar este inferno de amar demais e a maldita insônia.

Disse não aos medicamentos e me matriculei num curso de formação de instrutores de Yoga. Ao longo dos meses, com a prática, controlava o coração acelerado com a respiração consciente, e a mente com a consciência do eu. Aprendi que podia tomar as rédeas do meu corpo e frear os impulsos da minha mente….que meu corpo respondia ao meu comando e que minhas escolhas definiriam meu estado d’alma.

Escolhi, aos 50, ser bondosa comigo mesma e dar à minha vida o tom que mereço: colorir meu espírito com  alegria e alimentar meu corpo com positividade. Decidi que minha mente dali por diante seria anfitriã de minha morada e a trataria sempre bem, com a prática de exercícios diários e de alimentação saudável. Reconheci que podia estar comigo mesma sem me incomodar com o estar só e que estar em minha própria companhia era o caminho para o encontro com o meu eu, para o equilíbrio e para a paz interior pela prática da meditação. Dali pra frente o pincel estaria sempre nas minhas mãos e a paleta de cores também!

Namastê!

 

 

 

 

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4 comentários em “Ao tom dos 50.

  1. Telma Almeida Ramalho 27 de agosto de 2018 — 14:26

    Oi,Mary
    Parabéns. As mulheres de 50 agradecem por mais um espaço criado para elas.Beijao,amiga

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    1. Oh, amiga, você é mesmo muito querida! Obrigada pelo seu carinho, com certeza teremos boas histórias pra contar e ouvir….fico aqui esperando a sua. Bjinhos

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  2. Dica pra todas as idades ❤️

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    1. Sim, querida, somos um canal livre…vou adorar conversar com todas. Bjinhos

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